Pular para o conteúdo principal

EXPRESSO RIO DE JANEIRO COMEÇOU COMO EMPRESA PROBLEMÁTICA


Se o Grupo Rio Ita / Mauá tivesse sido estratégico, a preferência era para manter a marca Rio Minho e não a Expresso Rio de Janeiro. Isso porque a empresa, inicialmente sediada em Magé e hoje sediada em Niterói, começou com péssimo serviço, com frota de poucos carros, quase todos velhos e com sérios problemas que, não raro, causavam acidentes.

A marca "Rio de Janeiro", apesar de ser uma referência ao Estado - é um erro definir a ERJ como uma empresa "carioca" - e ser, em tese, um nome forte, neste caso representou maior desvantagem em relação ao histórico da Rio Minho, que com todas suas imperfeições e problemas, apresentou um histórico bem mais honrado e marcante.

A Expresso Rio de Janeiro começou "batizada" pelas autoridades do transporte - então representadas pelo DTC-RJ - , que apreendiam ônibus das empresas operadoras que apresentavam irregularidades, geralmente péssimo estado de conservação ou idade avançada do veículo.

A origem da Expresso Rio de Janeiro se deu quando a Rio Minho cedeu sua frota urbana do setor Magé / Itaboraí para compor a nova empresa, que também absorveu parte da frota da antiga Cogel, Coletivos Magé Ltda., também extinta e com linhas passadas para a ERJ.

Com isso, mesmo surgida em 1979, a frota da Expresso Rio de Janeiro parecia a de uma empresa da década de 1960 com frota de 1973 em média. Embora quase não se tenham encontrado fotos, a Expresso Rio de Janeiro contava, entre seus modelos, modelos como Ciferal Leme 1971, CAIO Bela Vista 1973, Metropolitana Onuf 1972, Marcopolo Veneza 1970 e Metropolitana Ipanema 1974.

A Expresso Rio de Janeiro não teve um ônibus com motor traseiro e sua operação com ônibus rodoviários (mas "cabritos", ou seja, com motor dianteiro) é recente. O máximo de avançado que a empresa teve foram alguns carros do modelo Nielson Urbanus 1989, com chassis Scania e comprimento longo. Depois disso, a empresa só contou com ônibus convencionais.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A CELEBRAÇÃO DE UM GRANDE ERRO

NA FROTA URBANA, A RIO MINHO APOSTOU, NO SEU AUGE, NA COMPRA DOS BELOS MONOBLOCOS DA MERCEDES-BENZ. FOTO DE DONALD HUDSON. Os piores erros na vida não são percebidos no momento em que são cometidos. Todo erro é feito pensando ser um acerto, ou, quando feito no piloto automático dos atos acidentais, ser uma coisa sem importância. A extinção da Transturismo Rio Minho, um dos efeitos do poder concentrado da fusão de dois grupos empresariais, Mauá e Rio Ita, é anunciada como se fosse um acerto, quando se torna uma grande catástrofe, a ser superada pelo que o grupo da cearense Expresso Guanabara fará por aí, dizimando uma série de empresas icônicas (Útil, Real Expresso, Rápido Federal, Expresso, Brisa, Sampaio) em nome de uma marca que está sendo divulgada através de uma terrível canção da música brega-popularesca. Vamos viver a era do mata-mata de empresas de ônibus? É certo que já temos grupos empresariais com patrimônio gigante de empresas, mas havendo várias empresas, mesmo sob um mesmo...

FIM DA RIO MINHO NÃO RESOLVE CONCENTRAÇÃO DE GRUPO EMPRESARIAL MAUÁ-RIO ITA

O fim da Transturismo Rio Minho pode parecer um falso acerto pela lógica empresarial do momento, mas cujo custo elevado pode ser constatado com o tempo. É muito fácil achar que, em decisões de risco, se pode resolver qualquer coisa, quando o tempo é que mostrará, depois, os impasses e adversidades iminentes. A extinção da icônica empresa não vai resolver a situação do Grupo Mauá-Rio Ita, senão em aspectos meramente empresariais. A concentração de poder pode sobrecarregar a Expresso Rio de Janeiro, como houve a sobrecarga que quase botou em falência o Grupo Rio Ita. Na teoria, todos os impasses parecem previstos e de fácil solução, mas não se sabe o que pode acontecer depois. O fim da Rio Minho lembra o fim da Viação Santa Izabel, que sobrecarregou a Auto Ônibus Fagundes, que herdou suas linhas. E, o que é pior, sem os problemas de frota sucateada que a Santa Izabel teve nos últimos anos de circulação. As linhas parecem poucas e de fácil administração, mas vai que depois surgem demandas...

NITERÓI VIROU O TÚMULO DAS AÇÕES ESTRATÉGICAS?

OS BAIRROS DE RIO DO OURO E VÁRZEA DAS MOÇAS CARECEM DE AVENIDA OU RODOVIA PRÓPRIAS. TUDO O QUE SE FAZ DE INTERVENÇÃO URBANA É RECAPEAR ASFALTOS. ENQUANTO ISSO, A RODOVIA RJ-106, ESTADUAL, ACUMULA FUNÇÃO DE "AVENIDA DE BAIRRO", PREJUDICANDO O TRÁFEGO DESTINADO À REGIÃO DOS LAGOS. Em Niterói, para cada ação acertada, umas cinco são erros constrangedores ou omissões vergonhosas. Se o edifício Gold Star sofre uma reforma total e se renova como prédio comercial repaginado, o Niterói Shopping degrada com a mesma fachada e a mesma estrutura de 38 anos atrás. Se temos a acertada criação da Avenida Cafubá-Charitas, dando fim ao suplício do pessoal da Região Oceânica trafegar para o Saco de São Francisco, os bairros de Rio do Ouro e Várzea das Moças sofrem por não ter acesso próprio, dependendo da RJ-106, rodovia estadual, para se comunicarem. Neste caso, destaquemos que a RJ-106, ao acumular a função de "avenida de bairro", prejudica o tráfego de quem vai e vem de localidad...